Este projeto tem como objetivo perceber se as medidas de apoio social promovidas durante a pandemia foram eficazes na proteção destas mulheres.
Mariana Gonçalves, investigadora no CIPsi – Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho (UM), está a estudar os efeitos da pandemia de COVID-19 em mulheres e raparigas nacionais de países terceiros a residir em Portugal.
A primeira fase deste projeto visou avaliar os efeitos da pandemia de COVID-19 em várias áreas do funcionamento de mulheres e raparigas nacionais de países terceiros a residir em Portugal.
Na segunda fase do estudo foram entrevistados profissionais que trabalham com estas mulheres migrantes na área de integração de migrantes em centros locais de atendimento, em serviços de apoio judicial, e na área da saúde, com o objetivo de perceber quais foram as principais exigências na reposta às necessidades destas mulheres migrantes durante a pandemia.
Sobre uma perspetiva de interseccionalidade, estudos anteriores demonstraram que a interacção entre várias categorias de desigualdade, como a etnia, o nível socioeconómico, a orientação sexual, e a identidade de género, aumentavam o nível de risco e de vulnerabilidade destas mulheres quer no acesso ao emprego, como à habitação, à saúde, e à proteção social.
“O que nós pretendemos identificar são quais foram as categorias que em interação acabaram por tornar estas mulheres mais vulneráveis para alguma situação de desigualdade em Portugal durante a pandemia”, revela.
O projeto Efeitos da Pandemia COVID-19 em Mulheres e Raparigas Nacionais de Países Terceiros é financiado pelo Alto Comissariado para as Migrações através do Fundo para o Asilo, a Migração, e a Integração (FAMI).
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CIPsi
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