medicina,
90 seg

Ep. 329 Henrique Barros – Biobanco do ISPUP: Um depósito de milhares de amostras biológicas cujos juros ajudam a investigar os determinantes da saúde humana

February 26, 2018

ep329_interiorPlacenta, sangue venoso, soro, sangue de cordão umbilical, dentes de leite, cabelo e leite materno são algumas das amostras humanas que integram este biobanco, uma estrutura construída com o propósito de facilitar a investigação dos determinantes da saúde humana.


Henrique Barros, médico e investigador no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), está há cerca de vinte anos a preservar amostras biológicas humanas para que estas possam ser usadas em futuras iniciativas de investigação.

“Uma das minhas funções é garantir que amostras da população da cidade são guardadas nas melhores condições numa estrutura que nós chamamos um biobanco. Biobancos são estruturas que têm amostras de pessoas e que nessas amostras de pessoas têm a sua própria história que está em elementos como o seu ADN, mas que têm também ao mesmo tempo, como uma espécie de outra face da mesma moeda, todo um conjunto de informação sobre a vida daquelas pessoas, sobre as escolhas que elas fazem, sobre o que lhes aconteceu ao longo do tempo”, conta.

Segundo Henrique Barros, esta relação pode ser uma relação absolutamente biológica, uma relação social, uma relação que tem a ver com comportamentos, com gostos, ou com desejos. “Estudar tudo isto é no fundo criar um mapa da vida das pessoas que uma estrutura como o biobanco guarda, e guarda para a partilhar. Partilhá-la com outros cientistas, portugueses ou não portugueses, partilhá-la com pessoas que tenham perguntas que queiram responder de uma forma inteligente, de uma forma séria, de uma forma eticamente aceitável mas ao mesmo tempo também a guarda como memória de nós próprios”, acrescenta.

Henrique Barros vê o Biobanco do ISPUP como uma das peças de um puzzle que faz a história de uma sociedade. Neste biobanco encontram-se amostras de milhares de pessoas habitantes na cidade do Porto, incluindo as amostras de participantes em coortes de análise geracional que decorrem neste instituto, como a Geração XXI, a EPITeen e a EPIPorto.

Para o diretor do ISPUP, os desafios atuais passam por garantir instalações próprias, pensadas de raiz para albergar o biobanco, com valências adicionais, expandir os tipos de amostras preservadas e o tipo de serviços oferecidos pelo Biobanco.

Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | ISPUP

Scroll to top