O papel dos profissionais de saúde, da rede de família e amigos, e dos media, é crucial para o conhecimento e promoção da literacia em saúde junto dos pacientes com diabetes tipo 2.
Liliana Abreu, investigadora no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), desenvolveu este projeto com o objetivo de avaliar o estado do conhecimento sobre saúde e informação médica em Portugal.
“A literacia em saúde é uma questão global de saúde pública presente nos discursos políticos internacionais. A sua importância enquanto determinante de saúde manifesta-se na forma como a baixa literacia individual afeta negativamente as pessoas. Nomeadamente na forma como compreendem informação sobre saúde e acedem a essa informação, na forma como comunicam com os profissionais de saúde e com os médicos e na forma como aderem aos próprios tratamentos de gestão da sua doença crónica”, explica.
O objetivo deste estudo foi compreender e explorar este conceito teórico junto da população portuguesa. Para tal foi feito um mapeamento que identificou os atores e os mediadores de saúde que funcionam como os principais nós na rede responsável pelas relações que se estabelecem e pelo tipo de suporte que é prestado.
Liliana Abreu dividiu estes atores em três grupos, os profissionais de saúde, a família e os amigos, e os media.
“O primeiro grupo foi o dos profissionais de saúde. Identificámos uma série de profissionais de saúde a qual os doentes recorriam que vão sobretudo desde o médico de família ao enfermeiro e também ao farmacêutico. Depois temos a rede de família e amigos que no caso da diabetes tipo 2 mostrou ter um número de interações muito elevado e de ser bastante importante na gestão da doença, sobretudo na família. Por fim, temos os media, a televisão e a internet. Foram estes os três grupos de actores, como chamamos, que nós identificámos”, conclui.
Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | ORCID | ISPUP
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