Este estudo está a avaliar a dor neuropática e a qualidade de sono num grupo de doentes diagnosticadas com cancro da mama. O objetivo é avaliar e identificar como evolui a a dor neuropática nestas pacientes ao longo do seu tratamento.
Filipa Fontes, investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e enfermeira no Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto), está a desenvolver este estudo no âmbito do projeto NEON-BC, uma coorte de 506 mulheres diagnosticadas com cancro da mama que estão a ser acompanhadas desde 2012.
Os dados para este estudo foram recolhidos a partir de um grupo de doentes diagnosticadas com cancro da mama no IPO do Porto em 2012. Estas doentes foram avaliadas ao longo das fases mais importantes do seu tratamento, após a cirurgia, após a quimioterapia, quando aplicável, um, três, e cinco anos após o diagnóstico.
A avaliação destas doentes teve como objetivo principal quantificar as complicações neurológicas decorrentes do cancro e do seu tratamento e também perceber o impacto que estas complicações tinham em alguns aspetos relacionados com a qualidade de vida destas mulheres.
Este estudo permitiu perceber que cerca de uma em cada quatro doentes foi diagnosticada com dor neuropática um a três anos após o diagnóstico. Esta dor neuropática está associada a um agravamento da qualidade de sono nas doentes, agravamento esse que se demonstrou ser maior em doentes que tinham boa qualidade de sono antes do início dos tratamentos.
Os resultados deste estudo podem ser usados pelos profissionais de saúde para a promoção de bons hábitos de sono nesta população de mulheres.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ISPUP
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