Em parceria com uma empresa nacional, este grupo está a estudar o uso de sémen criopreservado para a reprodução de linguado em aquacultura.
Elsa Cabrita, professora na Universidade do Algarve (UAlg) e investigadora no Grupo de Aquacultura do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), está a desenvolver técnicas que visam melhorar a reprodução de peixes em aquacultura.
“No grupo de aquacultura temos duas linhas de investigação: a nutrição e a biotecnologia reprodutiva. O meu grupo trabalha em biotecnologia reprodutiva e dentro desta área abarcamos algumas subáreas, nomeadamente a resolução de problemas associados à produção de novas espécies ou inclusive de espécies já existentes, nomeadamente a nível da reprodução e também no melhoramento desses reprodutores e da qualidade desses gâmetas”, conta.
No que toca à qualidade dos gâmetas, Elsa Cabrita está a desenvolver estudos sobre a criopreservação de sémen. Nesse âmbito, o seu grupo procura perceber que danos é que estão associados à utilização destas técnicas e que repercussões é que a utilização deste sémen pode ter a nível da produção destes peixes em aquacultura.
“No caso, por exemplo, do linguado, desenvolvemos algum trabalho anteriormente em reprodutores selvagens com o apoio de uma empresa aqui em Portugal que tinha o interesse de ter um lote de sémen criopreservado e de poder realizar cruzamentos de uma forma mais simples. Neste caso apenas tinham que extrair os oócitos às fêmeas e de realizar as fecundações, simplificando assim o processo”, explica.
Elsa Cabrita afirma que estas técnicas permitem a uma empresa desenvolver um programa de seleção genética através de cruzamentos específicos com indivíduos de determinadas características.
A criopreservação permite assim armazenar o potencial genético de cada indivíduo e realizar cruzamentos de forma mais simples.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | CCMAR
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