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Ep. 544 Diana Prata – Investigação estuda o papel da oxitocina na cognição social

January 24, 2019

ep544_interiorEsta investigação está a estudar a influência que a oxitocina tem na forma como nos relacionamos com os outros e em processos cognitivos envolvidos no relacionamento social.​


Diana Prata, investigadora no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), está a desenvolver um estudo para conhecer o impacto da oxitocina no nosso cérebro, e como esta hormona afeta a forma como desenvolvemos sentimentos de confiança, generosidade, colaboração e egoísmo.

“A oxitocina é uma molécula que funciona como hormona e como neurotransmissor no nosso corpo. Encontra-se no nosso sangue tem um papel muito importante no parto, na amamentação e também no nosso cérebro, onde há alguns anos foi descoberto que tem um papel importante na cognição social, ou seja, nos processos cognitivos envolvidos no relacionamento social, por exemplo, na confiança, na generosidade, na colaboração, no egoísmo, etc.”, explica.

Com recurso a voluntários, a equipa de Diana Prata desenhou uma experiência onde é registada a atividade cerebral de pessoas que receberam uma dose de oxitocina, durante um período de noventa minutos. Estes registos são depois comparados com a atividade cerebral de pessoas a quem não lhes foi atribuída nenhuma dose de oxitocina.

“Neste momento estamos a analisar os dados para detetar pela primeira vez qual é o perfil temporal das ações da oxitocina ao longo de uma hora e meia”, revela.

Além do efeito da oxitocina, esta investigação está também a olhar para a forma como o nosso cérebro reage quando confrontado com estímulos autênticos e estímulos não autênticos, ou falsos.

“Desenvolvemos uma tarefa que consiste em a pessoa ouvir risos autênticos, risos não autênticos, choros autênticos e choros não autênticos e onde nós queremos saber olhando para o cérebro se ele está a trabalhar de maneira diferente quando temos o caso da autenticidade versus o caso da mentira”, refere.

Neste caso, Diana Prata recorre à dilatação da pupila como forma de medir o grau de excitabilidade do voluntário.

“Aqui estamos a olhar para a dilatação da pupila que é uma medida de excitabilidade. Queremos saber se as pessoas nos estímulos autênticos versus os não autênticos estão a dar uma resposta mais genuína, ou se é ao contrário, se é nos estímulos não autênticos que elas vão mostrar mais excitabilidade porque é aí quando têm que estar em maior estado de alerta”, salienta.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | IBEB

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