A nova geração de satélites meteorológicos geoestacionários e de órbitra polar está a ser preparada, com o lançamento dos primeiros satélites previsto para o final de 2021.
Isabel Trigo, investigadora do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), trabalha em observação da Terra a partir de observações de satélite.
“Estamos muito focados em desenvolver aplicações para os satélites meteorológicos europeus, neste momento há essencialmente duas grandes missões europeias a missão geoestacionária, satélites com uma órbitra estacionária em relação à Terra, e a missão de órbitra polar, satélites com uma órbitra mais baixa. Ambas vão ser substituídas num futuro não muito longínquo pela próxima geração de satélites geoestacionários num caso e de satélites de órbitra polar no outro”, explica.
O lançamento da próxima geração de satélites geoestacionários (Meteosats) está previsto ocorrer no final de 2021, princípio de 2022. A próxima geração de órbitra polar tem o seu lançamento previsto para o final de 2022.
Estes satélites vão possuir mais instrumentos que a geração anterior, que os vai permitir obter análises mais completas das diferentes alterações meteorológicas e climáticas da superfície da Terra.
“Neste momento estamos a fazer o desenvolvimento não só de algoritmos e de metodologias para fazer o melhor aproveitamento das observações destes novos satélites como também a montar uma cadeia de processamento capaz de gerar todos esses produtos de satélite em tempo-real, de os arquivar, e de os fazer chegar aos utilizadores que é o mais importante no meio disto tudo”, revela.
Isabel Trigo é coordenadora da LandSAF, um centro de processamento financiado pela EUMETSAT (European Organisation for the Exploitation of Meteorological Satellites) para processar imagens e dados de satélites meteorológicos para obter variáveis relacionadas com a superfície terrestre.
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