Conhecido por Freixo Duarte de Armas, a árvore símbolo da vila de Freixo de Espada à Cinta foi recentemente recuperada por uma equipa de investigação.
Luís Martins, docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e investigador do CITAB – Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas, liderou a equipa responsável pela recuperação e reabilitação desta árvore icónica.
Com mais de 500 anos, o Freixo Duarte de Armas apresentava várias patologias que punham em risco a sua sobrevivência. Para a salvar a equipa de Luís Martins procedeu a uma série de intervenções na copa e nas raízes no sentido de melhorar a sua situação.
“Quando foi observada pela primeira vez a árvore estava mesmo muito mal, tinha uma série de patologias muito derivada à própria forma como foi tratada, mal podada, com uma série de cancros e de cavidades devido a ter sido completamente cheia de cimento na zona do tronco e o cimento de facto contribuiu para aumentar as patologias e agravar o problema”, conta.
Além dos problemas causados pelo cimento, o freixo também apresentava uma casca muito fina. Foi assim necessário instalar uma estrutura metálica interna que foi presa à periferia do tronco para lhe dar uma sustentação física adicional.
“Para os freixonistas a árvore é um símbolo muito relevante. Ser um Freixo, ser localizado em Freixo de Espada à Cinta que tem uma espada à cinta, de facto constitui um orgulho para as pessoas locais do concelho e nós tentámos dar um contributo nesse sentido. A árvore representa também uma cultura e isso é muito interessante neste projeto”, reforça.
Este projeto deu origem a 22 clones da árvore, dezoito dos quais já foram plantados nas capitais de distrito de Portugal Continental. O primeiro clone foi plantado nos Jardins do Palácio de Belém em Lisboa numa cerimónia presidida por Marcelo Rebelo de Sousa.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | UTAD
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