O míldio é uma doença provocada por um fungo que afeta as videiras e que pode levar à sua morte.
Marta Sousa Silva, investigadora no Laboratório de FT-ICR e Espectrometria de Massa Estrutural da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), está a desenvolver um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) com o objetivo de identificar biomarcadores associados à resistência ou à sustentabilidade da videira ao míldio.
O objetivo deste projeto é caracterizar videiras resistentes ao míldio que não são utilizadas para a produção de vinho, e comparar com várias castas da espécie Vitis vinifera que são utilizadas para produzir para vinho e que são susceptíveis a esta doença.
O míldio é uma doença que afeta todas as variedades de vitis vinífera. Foi introduzida na Europa no século XIX e espalhou-se por diversos países, sendo atualmente uma das doenças mais devastadoras das castas de Vitis vinifera europeias e mundiais.
“A descoberta destes biomarcadores será útil no futuro para selecionar as plantas que são resistentes. Hoje em dia o controle do míldio em campo é feito através da aplicação de fungicidas e de pesticidas em grande quantidade. Os produtores cada vez mais precisam de ter variedades que sejam resistentes a esta doença”, afirma.
A identificação destes biomarcadores irá possibilitar a realização de crossing entre videiras resistentes e videiras suscetíveis.
Com este conhecimento será possível analisar as plântulas destes híbridos e identificar quais as que serão mais resistentes ao míldio sem que para tal seja necessário esperar que a planta atinja a maturidade, acelerando desta forma o processo de seleção de videiras resistentes a esta doença.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | FCUL