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Ep. 594 Sofia Seabra – Projeto está a caracterizar a genética de um inseto responsável pela transmissão de doença que causa a morte de vinhas e de oliveiras

April 04, 2019

ep594_interiorEste projeto está a caracterizar a genética das diferentes espécies de cigarrinhas, um inseto vetor da doença xylella fastidiosa, uma doença que pode afetar as vinhas e as oliveiras e que causa a morte destas plantas.​


Sofia Seabra, investigadora no CE3C – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), está a desenvolver um projeto que visa a obtenção de informação sobre a biodiversidade e dinâmicas populacionais de insetos num ecossistema vinícola na Herdade do Esporão no Alentejo.

A investigadora quer com este estudo criar um método rápido e capaz de identificar as diferentes espécies de cigarrinhas. Para tal, estão a ser recolhidas amostras dos insetos presentes nos diferentes ecossistemas da Herdade do Esporão.

Existem poucas diferenças físicas e morfológicas entre as espécies de cigarrinhas o que torna difícil a sua identificação. Nesse sentido, este estudo pretende identificar as diferenças genéticas entre as várias espécies e assim desenvolver um método de análise genética capaz de as distinguir.

“Estou a trabalhar especificamente com umas espécies de cigarrinhas, que são um grupo bastante importante porque são sugadores da seiva das plantas, algumas delas causam danos em várias culturas e podem ser também transmissoras de doenças das plantas”, acrescenta.

Sofia Seabra está a concentrar os seus esforços no estudo da cigarrinha verde da vinha, e em potenciais vetores da doença xylella fastidiosa. Esta doença já foi detetada em Portugal o que alavancou a necessidade de criar alternativas para prevenir contra a sua propagação.

“No fundo vamos avaliar a abundância e a diversidade destas espécies. Estudar a variação espacial e temporal de modo a perceber os padrões de migração entre habitats da herdade e com vista a poder verificar quais são por exemplo barreiras possíveis à dispersão de modo a minimizar o impacto na vinha e também no olival que a herdade tem”, reforça.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | CE3C

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