Esta pérola pode ser colocada sob a pálpebra inferior do olho e ali permanecer durante seis meses. Durante esse período esta tecnologia liberta fármacos para tratar doenças oftalmológicas como o glaucoma.
Marcos Mariz, investigador no Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra (UC) e cofundador da empresa inEYE Pharma, desenvolveu a tecnologia inEYE com o objetivo de encontrar uma alternativa às gotas oftálmicas.
“O inEYE surgiu de uma necessidade de melhorar e garantir o tratamento de doenças oculares que nos foi colocado por diferentes oftalmologistas. No sentido de melhorar o tratamento que normalmente é feito com gotas nós decidimos criar um polímero, uma pequena pérola onde temos mobilizado o fármaco que depois é libertado de acordo com a doença”, conta.
No caso do glaucoma esta tecnologia consegue que o fármaco seja libertado de forma constante durante seis meses.
“Isto significa que o doente em vez de ter que colocar uma gota todos os dias coloca um incerto, um inEYE e durante seis meses tem a garantia de que o fármaco está a ser libertado de forma controlada. Isto garante quer ao doente, quer ao médico, que o tratamento está a ser adequadamente feito”, acrescenta.
Com bons resultados nos testes in vitro, o inEYE vai agora passar para a fase de testes em animais para comprovar a eficácia desta tecnologia.
“Neste momento diria que o inEYE em termos laboratoriais, in vitro, temos tido bons resultados. Temos resultados de testes em células a demonstrar uma boa biocompatibilidade que é essencial mas temos agora de partir para um passo que é muito importante nos testes in vivo, os testes em animais, seguidos depois de testes em voluntários humanos saudáveis”, revela.
Marcos Mariz espera demonstrar que os pacientes vão ser capazes de tolerar a presença do inEYE e que esta tecnologia possa a breve prazo ser usada como uma alternativa às gotas oftálmicas tradicionais.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | UC
Related Episodes
