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Ep. 638 Eduardo Rosa – Investigação procura valorizar resíduos da indústria agrícola portuguesa

June 05, 2019

ep638_interiorFace à crescente exportação de produtos agrícolas portugueses, este grupo de investigação está a desenvolver esforços no sentido de melhor aproveitar os resíduos desta indústria para a produção de produtos de valor acrescentado nas áreas da cosmética e da farmacêutica.​


Eduardo Rosa, investigador do CITAB – Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas, e docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), trabalha em parceria com a Portugal Fresh, no sentido de demonstrar com evidências científicas as propriedades que tornam os produtos portugueses mais atrativos que os dos restantes países.

A Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal é uma associação que tem como principal objetivo promover as frutas, legumes e flores de Portugal, tanto internamente como a nível internacional.

A equipa de Eduardo Rosa trabalha em estreita parceria com esta associação para demonstrar que os produtos portugueses têm características qualitativas e organoléticas superiores àqueles que vêm de outros países.

Além da caracterização destes produtos, Eduardo Rosa procura também valorizar os resíduos da indústria vitivinícola com o objetivo de extrair compostos de interesse para a produção de fármacos e de cosméticos.

“Procuramos fazer essa caracterização mas sobretudo também dar valor aos chamados coprodutos ou resíduos que provêm da indústria vitivinícola. Procuramos, de alguma forma, que esses produtos que hoje não têm valor possam ser utilizados para a indústria cosmética, ou para extrair compostos que possam ser utilizados num segundo processamento da indústria alimentar com aplicação na indústria farmacêutica”, revela.

Segundo o investigador, os compostos extraídos da produção do vinho, têm um potencial bastante alargado o que reforça a necessidade de explorar a utilização dos subprodutos da produção de fruta, de hortícolas, e da vinha, para que estes sejam valorizados, e para tornar as cadeias de valor mais competitivas.

“Se nós valorizarmos alguns cêntimos estes resíduos estamos a acrescentar valor a um produto que não tem valor e a aumentar a capacidade competitiva dessas empresas”, conclui.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | UTAD | CITAB

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