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Ep. 655 Antonina dos Santos – GelAvista: Projeto de ciência cidadã ajuda a monitorizar a presença de alforrecas nas praias portuguesas

June 28, 2019

ep655_interiorEste projeto recebe e analisa fotos enviadas por cidadãos comuns com o objetivo de identificar e monitorizar a presença de organismos gelatinosos como as alforrecas, as medusas e as caravelas portuguesas, nas praias nacionais.​


Antonina dos Santos, investigadora no Laboratório de Plâncton e Crustáceos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e do CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, coordena o projeto GelAvista, um programa de ciência cidadã que se destina a obter informação sobre os organismos gelatinosos que ocorrem em Portugal.

Com cerca de 400 utilizadores ativos este programa já recebeu mais de cinco mil fotos referentes a avistamentos de organismos gelatinosos em território nacional.

Estes dados são depois utilizados para produzir informação científica mas também para informar os observadores sobre as espécies que ocorrem ao longo da costa portuguesa.

“Produzimos diferentes tipos de informação, produzimos gráficos com a distribuição e abundância das espécies consoante os locais e produzimos também informação científica. Para a produção científica nós tratamos só os dados de validação 1 que são os que nos apresentaram maior confiança e combinamos esses dados com dados físicos, dados ambientais das características da água, temperaturas, salinidades, ventos, e também correntes”, conta.

Estes dados já permitiram demonstrar que a caravela portuguesa, espécie que em tempos se pensava ser rara em Portugal, é na verdade bastante comum.

“Combinamos esta informação para fazer os trabalhos científicos, para tentarmos saber um pouco mais sobre a ecologia dessas espécies, e para saber porque razão elas estão a ocorrer naquele local e não em outro”, acrescenta.

Um dos objetivos deste projeto passa por usar estes dados para a médio prazo desenvolver uma solução capaz de prever a ocorrência destas espécies ao longo do ano.

“No futuro esperamos poder vir a fazer previsões sobre a sua ocorrência nas praias”, revela.

Em caso de avistamento de um organismo gelatinoso pode enviar a informação para a equipa do GelAvista através deste link: http://gelavista.ipma.pt/avistamentos.html.

Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | Google Scholar | IPMA

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