Este projeto analisou a capacidade da alface-do-mar para captar elementos químicos do meio aquático e utilizar essa capacidade para limpar águas contaminadas.
Bruno Henriques, investigador do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro (UA), está a estudar a capacidade das macroalgas vivas como a alface-do-mar para remover contaminantes clássicos como o mercúrio e o chumbo de forma mais sustentável, mais económica e mais eficiente que os métodos atuais.
“Nós estudámos a alface-do-mar que é uma alga que possui um conjunto de características que a tornam muito promissora para o objetivo que nós pretendemos que é descontaminar águas. Neste trabalho simulamos um efluente que contem uma série de contaminantes que são designados por contaminantes clássicos como o mercúrio, o chumbo e o cádmio e fomos verificar que parâmetros influenciam a capacidade de remoção desta macroalga viva”, conta.
Foi também estudado o efeito que a salinidade tem na eficiência de remoção e na massa de macroalga.
Segundo Bruno Henriques, estas algas podem ser utilizadas para diminuir a contaminação de locais afetados por descargas destes elementos, através da introdução da alga no local a descontaminar, se as condições forem adequadas ao seu crescimento, ou cultivando algas num outro local e transportando estas para os locais a serem descontaminados.
Além de avaliar os parâmetros que podem afetar a eficiência desta macroalga na descontaminação da água, foram também estudados os mecanismos por trás da remoção.
“Quisemos saber se os contaminantes se ligam mais à superfície da macroalga, se todos ficam ligados à superfície da alga. Ou seja, este projeto teve a vertente industrial que era saber que parâmetros podem afetar a eficiência desta macroalga, e a vertente científica que era perceber os mecanismos por trás deste processo”, revela.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | CESAM
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