Estudo realizado com mais de 900 jovens adultos da área metropolitana do Porto revelou que cerca de 11% desta população sofre de insegurança alimentar.
Isabel Maia, investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), está a estudar a prevalência, os determinantes e as consequências da insegurança alimentar ao longo do ciclo de vida.
A insegurança alimentar define-se como o acesso limitado a alimentos por questões económicas. Isto significa que um indivíduo que sofra de insegurança alimentar pode ser forçado a saltar refeições ou a comer menos daquilo que seria suposto por questões económicas.
“De acordo com os nossos resultados verificámos que 11% dos indivíduos jovens adultos pertenciam a um agregado familiar em que existia insegurança alimentar. Quisemos também perceber quais as características sociodemográficas que estavam associadas à insegurança alimentar e verificámos então que os indivíduos menos escolarizados e com profissões menos qualificadas tinham maior risco de insegurança alimentar”, revela.
Os indivíduos que já viviam com o seu cônjuge, ou com filhos apresentaram também um maior risco de insegurança alimentar independentemente de outras características sociodemográficas.
Isabel Maia espera que os resultados deste estudo possam ser usados por decisores políticos para que sejam delineadas estratégias de saúde pública para a melhoria do estado de segurança alimentar das famílias e particularmente dos jovens adultos, que foram o foco desta investigação.
Este estudo analisou 954 indivíduos inseridos na coorte de investigação EPITeen, que está em curso desde 2003 e é desenvolvida pelo ISPUP.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | ISPUP | twitter
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