Esta investigação estudou os diferentes trajetos de desenvolvimento da obesidade durante a adolescência para determinar o impacto da evolução do índice de massa corporal no risco de doença cardiovascular.
Joana Araújo, investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), estudou a evolução da obesidade ao longo da adolescência e início da idade adulta, com o objetivo de analisar de que forma essa evolução afeta o risco cardiovascular.
Nesta investigação foi possível identificar diferentes trajectórias de obesidade através da medição do índice de massa corporal (IMC).
“Verificámos que para além das trajectórias mais expectáveis, indivíduos que apresentam sempre valores normais de IMC, e indivíduos que apresentam obesidade, verificámos também existir uma terceira trajectória de indivíduos que aos 13 anos apresentam excesso de peso ou obesidade mas que conseguem reverter essa situação e apresentar uma reversão de IMC ao longo da adolescência até aos 21 anos de idade”, revela.
Neste terceiro grupo de indivíduos, a reversão do índice de massa corporal permitiu reduzir os factores de risco cardiovascular para valores próximos dos indivíduos que sempre apresentaram um nível de IMC normal.
“Estes resultados mostram que é importante reduzir o IMC porque isso leva a uma redução do risco cardiovascular no global”, acrescenta.
No entanto, para alguns factores de risco cardiovascular essa redução não é completa. Isto significa que mais do que atuar no sentido de reverter a obesidade durante a adolescência, é sim importante prevenir, e evitar, o seu desenvolvimento desde idades mais precoces.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | ISPUP
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