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Ep. 719 João Rosa – Pode uma única partícula dar resposta a dois dos grandes mistérios do Universo?

November 07, 2019

ep719_interiorEsta equipa teorizou a existência de uma nova partícula, o inflatão, nos momentos iniciais de expansão do Universo. Esta partícula pode explicar a rápida inflação que teve lugar logo após o Big Bang, assim como a origem da matéria escura.​


João Rosa, investigador do CIDMA – Centro de Investigação e Desenvolvimento em Matemática e Aplicações da Universidade de Aveiro (UA) e docente no Departamento de Física da mesma universidade, faz investigação sobre a história e a evolução do Universo com foco particular nos temas da inflação e da matéria escura.

Segundo o investigador, a teoria da inflação advém da necessidade de haver nas primeiras frações de segundo após o Big Bang um período em que o universo expandiu de forma muito rápida e acelerada.

Para explicar esta rápida expansão no início do universo é necessário que exista uma nova forma de matéria.

Para João Rosa, um forte candidato para essa forma desconhecida de matéria são as novas partículas teorizadas designadas por inflatões.

“Estes inflatões poderão ter estado no início do universo num estado de energia muito elevada e é essa energia muito elevada que faz com que o universo se expanda de uma forma muito rápida”, refere.

Um outro problema na cosmologia moderna é o mistério da matéria escura.

Na maior parte das galáxias já observadas foi possível identificar um tipo de matéria que não interage com a matéria normal, e que não emite luz ou qualquer forma de radiação eletromagnética.

Esta matéria chama-se matéria escura e também exige a existência de novas partículas diferentes daquelas que hoje conhecemos.

Juntamente com Luís Ventura, seu aluno de doutoramento, João Rosa teorizou a possibilidade de a matéria escura corresponder às mesmas partículas que são responsáveis pela inflação, os inflatões.

“Temos aqui uma possível unificação de dois problemas importantes, o problema da inflação e da matéria escura que podem ser explicados por uma mesma espécie de partículas, estes inflatões teorizados”, revela.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | UA

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