O ATLAS é um detetor instalado no Grande Colisor de Hádrons (LHC, sigla em inglês) no CERN, na Suíça. Esta experiência já permitiu detetar em 2013 o bosão de Higgs, a partícula associada ao mecanismo através do qual as restantes partículas ganham massa.
Ricardo Barrué, investigador no LIP – Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e estudante de doutoramento no Instituto Superior Técnico (IST), está a analisar dados do ATLAS com o intuito de estudar a interação do bosão de Higgs com o bosão W.
O bosão W é uma partícula que está associada a mecanismos físicos como a radioatividade.
“Estas duas partículas estão intimamente relacionadas através do mecanismo que atribui massa à matéria. É por isso necessário escrutinar estas partículas para ver se a teoria que nós temos é de facto realizada na natureza ou se existem pequenos desvios que poderão indiciar novas teorias, nova física e novo conhecimento”, refere.
Estas experiências decorrem no LHC, um acelerador de partículas instalado no CERN – Organização Europeia para a Investigação Nuclear, que acelera protões a velocidades muito próximas da velocidade da luz e que os faz colidir em centros de experiências como o ATLAS.
Segundo Ricardo Barrué, o ATLAS é um detetor de 40 por 25 metros que funciona como uma câmara digital gigante. Este detetor é composto por outros aparelhos mais pequenos que têm como função detetar, por exemplo, as energias das partículas que resultam da colisão de protões.
“Através desta informação é possível andar para trás no tempo e reconstruir partículas como o bosão de Higgs e o bosão W”, explica.
Esta experiência irá permitir aprofundar o conhecimento sobre a natureza e as origens da própria matéria.
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