Este estudo está a avaliar o potencial de um grupo de medicamentos no tratamento de metástases cerebrais.
Cláudia Faria, neurocirurgiã no Hospital de Santa Maria em Lisboa e investigadora no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM), está a desenvolver um projeto que tem como objetivo estudar as metástases cerebrais e a disseminação de tumores para o cérebro.
No âmbito destes estudos foi já identificado um gene responsável pela metastização de tumores para o cérebro. A partir deste alvo foi desenvolvida uma tarefa de avaliação de fármacos, com o intuito de encontrar dentro de um conjunto de cerca de 600 medicamentos, aqueles que demonstrem o maior potencial para serem usados como tratamento para esta doença.
Estes fármacos foram testados em diferentes concentrações em várias linhas celulares de cancro. Finalizada esta etapa foi identificado um grupo de 6 a 10 medicamentos que apresentava um maior nível de eficácia no tratamento desta doença.
Nesta fase, estes fármacos vão agora ser alvo de análises pré-clínicas em animais para avaliar a eficácia deste tratamento num modelo vivo.
“Tentamos reproduzir no ratinho a doença do paciente, a metastização cerebral, tratamos o animal com o fármaco e vemos se tem efeito não só a reduzir o número de metástases no cérebro mas também a aumentar a sobrevida dos animais”, conta.
Este estudo está a usar um método de screening farmacológico que usa medicamentos que já estão disponíveis no mercado. Caso os resultados sejam positivos, esta técnica permite reduzir de forma considerável o tempo necessário para que estes medicamentos sejam aprovados para uso em pacientes.
Saiba mais sobre a investigadora em: FMUL | IMM
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