bioquímica,
90 seg

Ep. 737 Miguel Castanho – Investigação estuda métodos para combater vírus da zica no cérebro

December 03, 2019

ep737_interiorEste estudo quer combater o vírus da zica com recurso a fármacos capazes de transpor a barreira hematoencefálica do cérebro.​


Miguel Castanho, professor de bioquímica na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) e investigador no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM), está a desenvolver moléculas inibidoras da infeção por vírus da zica capazes de chegar ao cérebro.

O nosso cérebro tem uma barreira, a barreira hematoencefálica, que o protege de toxinas e de agentes invasores. A parede das artérias que irrigam o cérebro está blindada por colunas de células muito próximas entre si. Apenas um número limitado de moléculas é capaz de transpor esta barreira.

Este mecanismo de proteção do cérebro torna-se um problema quando é necessário tratar uma doença no cérebro, pois nem todos os medicamentos são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica.

A missão da equipa de Miguel Castanho é desenhar medicamentos capazes de transpor a barreira hematoencefálica e agir no cérebro para combater a doença.

Atualmente, Miguel Castanho tem-se dedicado ao estudo da infeção por vírus da zica e ao desenvolvimento de moléculas capazes de o combater no próprio cérebro.

O vírus da zica consegue transpor a barreira hematoencefálica e infetar o cérebro. Em mulheres grávidas este vírus não só consegue chegar ao cérebro da mãe, como ainda é capaz de passar a barreira hematoplacentária e infetar o cérebro do feto em gestação.

Miguel Castanho espera com esta investigação desenvolver um medicamento capaz de seguir o rastro do vírus e assim garantir a segurança da mãe e do feto.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | IMM

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