Esta investigação está a estudar o comportamento sexual de machos de guppies, pequenos peixes de aquário, perante a ausência de fêmeas e a presença de machos competidores.
Inês Órfão, investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (CE3C) e do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa (CFCUL), está a estudar o comportamento sexual destes peixes com o objetivo de determinar as estratégias que estes utilizam perante diferentes oportunidades de acasalamento.
Os guppies são peixes de aquário que servem de modelo para o estudo de evolução e de comportamento animal. Inês Órfão está a usar estes peixes para compreender como os machos alteram o seu comportamento face a diferentes variáveis sociais nomeadamente a presença ou a ausência de fêmeas, a presença de machos competidores e atratividade desses competidores.
Para estudar este comportamento, a investigadora observou estes peixes em grandes aquários com redes sociais complexas.
Perante diferentes fatores sociais, a investigadora observou as tentativas de acasalamento, o tempo que os machos seguiam as fêmeas e o momento em que estes decidiam desistir ou parar de investir no acasalamento.
As principais conclusões indicam que o tempo passado à procura de fêmeas tem uma grande influência nas decisões dos machos.
“No caso em que eles passavam mais tempo sem as fêmeas quando as encontravam eles investiam mais. O interessante foi que a escolha da fêmea dependia se eles tinham oportunidade de acasalar ou não”, conta.
Os machos que passavam mais tempo sem contacto com as fêmeas eram menos seletivos na escolha da sua parceira. Já os machos que eram colocados à parte das fêmeas mas que sabiam que estas existiam no ambiente procuravam acasalar com fêmeas maiores e mais atrativas.
Estes estudos foram realizados em parceria com a Universidade de Saint Andrews no Reino Unido.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CE3C
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