Esta equipa de investigação está a desenvolver revestimentos com base em nanotecnologia para retardar o amadurecimento da Pêra Rocha e prevenir o dano pelo frio durante a conservação.
Custódia Gago, investigadora do Instituto Mediterrânico para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) na Universidade do Algarve (UAlg), está a trabalhar no desenvolvimento de nanorevestimentos comestíveis para a preservação de frutos.
A tecnologia do frio é ainda atualmente uma grande aliada na conservação dos frutos após a sua colheita. Contudo, existem alguns frutos que quando são conservados por longos períodos de tempo desenvolvem algumas desordens fisiológicas motivadas por essas baixas temperaturas e que desvalorizam o valor do fruto para o consumidor.
A Pêra Rocha é um dos frutos afetados por estes danos. Quando é conservada por longos períodos de tempo em baixas temperaturas tem a tendência a desenvolver o escaldão superficial no fruto.
Quando isto acontece os frutos têm que ser descartados o que provoca um forte impacto económico a nível da produção.
Custódia Gago está assim a desenvolver um revestimento comestível com base em nanotecnologia que não só permite prevenir o escaldão da Pêra Rocha, como ainda retarda o amadurecimento deste fruto.
As formulações usadas no desenvolvimento destes revestimentos comestíveis são compostas por nanoemulsões estáveis que já foram aprovadas pela indústria e que estão atualmente a ser utilizadas em outros frutos.
A ideia é agora aplicar esta tecnologia às características específicas da Pêra Rocha. Custódia Gago está a trabalhar em proximidade com a indústria produtora deste fruto e afirma que as empresas do setor já mostraram interesse em aplicar estes nanorevestimentos na sua produção.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar
Related Episodes
