Estas espumas são tipicamente usadas para isolamento térmico e acústico. Com esta tecnologia será possível produzir espumas de poliuretano customizáveis às necessidades particulares de cada aplicação.
Nuno Gama, investigador no CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro e docente na ESTGA – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, está há cerca de oito anos a estudar a produção de espumas de poliuretano com recurso a materiais renováveis.
“No meu grupo de investigação trabalho com espumas de poliuretano convencionais há cerca de oito anos, o que nos dá uma vasta experiência na produção destes materiais. Temos produzido estes materiais sempre a partir de recursos renováveis e de subprodutos industriais, sempre com pensamento na economia circular”, conta.
Recentemente, este grupo de investigação tem-se dedicado à produção de espuma de poliuretano com recurso a impressão 3D.
“A impressão 3D, além de ser uma técnica emergente, tem a vantagem de conseguir produzir materiais de acordo com as especificações pretendidas. A espuma de poliuretano tem uma estrutura celular semelhante a favos de colmeia, e é esta estrutura celular que vai ditar as propriedades da espuma”, explica.
Com recurso a impressão 3D é possível ajustar a estrutura celular, o tamanho e as dimensões dos poros, para obter as melhores propriedades possíveis.
Um dos materiais usados para a produção destas espumas é a cortiça. Segundo Nuno Gama, a cortiça é um material leve e com baixa condutividade térmica. Estas propriedades são transmitidas para os materiais produzidos com cortiça, o que, no caso da espuma de poliuretano, permite reforçar a sua capacidade de isolamento térmico.
Neste momento, Nuno Gama está a desenvolver um projeto em copromoção com uma empresa de Águeda no sentido de usar esta tecnologia para a produção de materiais para isolamento acústico.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | CICECO
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