psicologia,
90 seg

Ep. 895 Lénia Amaral – Como é que o nosso cérebro distingue uma mão de uma ferramenta?

July 10, 2020

ep895_interiorEsta investigação está a estudar como o nosso cérebro processa imagens de mãos e de ferramentas.


Lénia Amaral, investigadora no ProAction Lab na Universidade de Coimbra (UC), está a desenvolver o seu doutoramento com o objetivo de compreender os diferentes processos que ocorrem no nosso cérebro quando este é exposto a imagens de mãos e de ferramentas.

“O que sabemos da literatura é que estas duas categorias, embora visualmente sejam bastante diferentes, para o nosso cérebro têm algo em comum. Sabemos que existem duas áreas no cérebro onde estas categorias são processadas em sobreposição”, revela.

Para compreender porque isto acontece, Lénia Amaral desenvolveu um estudo de ressonância magnética onde as pessoas tiveram que visualizar diferentes imagens de mãos, de ferramentas e de animais.

O objetivo era perceber que outras áreas, para além das duas já conhecidas, são ativadas quando o cérebro está a processar imagens de mãos e de ferramentas.

As imagens de animais foram usadas como elemento neutro para comparar a reacção do cérebro perante três conjuntos de objetos distintos.

“Descobrimos que essas duas áreas de sobreposição apesar de responderem de igual forma para mãos e para ferramentas, o padrão de conetividade funcional é diferente quando processam mãos e quando processam ferramentas”, conta.

Isto significa que quando uma área de sobreposição está a processar mãos, esta liga-se a áreas mais relacionadas com a parte motora e com a parte de processamento corporal.

Contudo, quando essa área está a processar ferramentas, esta liga-se a outras áreas do cérebro que estão mais relacionais com a manipulação e o reconhecimento de objetos.

Para Lénia Amaral, estes resultados demonstram a ocorrência de um padrão de ligação destas duas áreas de sobreposição a áreas distintas do cérebro, de forma a ativar processos distintos para o processamento de mãos e de ferramentas.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | ProAction Lab

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