Esta equipa desenvolveu um instrumento que permite combinar a luz recebida por quatro telescópios localizados no Observatório Europeu do Sul, no Chile.
Alexandre Cabral, investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), participou no desenvolvimento do ESPRESSO, um espectrógrafo instalado no Very Large Telescope (VLT) que é capaz de combinar a luz dos quatro telescópios que compõem o VLT.
O VLT está instalado no Observatório Europeu do Sul (ESO) no deserto do Atacama no Chile e é actualmente um dos mais observatórios em funcionamento no Mundo. O VLT é constituído por quatro grandes telescópios, cada um com 8 metros de diâmetro.
O ESPRESSO é um espectrógrafo que permite obter o espectro de astros como estrelas e galáxias. Este instrumento tem a capacidade de receber a luz dos quatro telescópios em simultâneo, funcionando com uma área de cobertura equivalente a um telescópio de 16 metros de diâmetro.
A equipa de Alexandre Cabral esteve ligada à construção do ESPRESSO, sendo responsável pela componente que liga a luz de cada um dos telescópios ao espectrógrafo.
“Aquilo que nós fizemos foi construir quatro sistemas ópticos que têm a capacidade de receber a luz de um telescópio de 8 metros de diâmetro, e de depois entregar essa luz ao espectrógrafo e a um sistema ótico constituído por lentes, espelhos, e outros mecanismos que juntamente com o telescópio permitem observar qualquer astro”, explica.
Este instrumento permite assim observar uma área mais ampla do céu e receber a luz de objetos mais distantes.
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