Este projeto está a desenvolver um sistema de sensores para a deteção de pesticidas em azeite.
Raquel Garcia, investigadora no Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) e docente na Universidade de Évora (UÉ), está a coordenar o projeto MIP2Sensors, uma iniciativa financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que tem como objetivo desenvolver e implementar uma nova metodologia para a deteção de pesticidas em azeite.
Com recurso a sensores este projeto pretende introduzir uma metodologia fiável e robusta que permita realizar uma análise em tempo-real aos pesticidas presentes numa amostra de azeite.
Numa primeira fase este trabalho irá envolver a síntese em laboratório de novos materiais denominados de polímeros molecularmente impressos fluorescentes que serão sintetizados à medida do pesticida específico que se pretende detetar e quantificar.
Estes materiais possuem na sua estrutura cavidades tridimensionais que permitem em simultâneo reter o pesticida e, através de interações químicas, sinalizar por fluorescência a sua presença.
Estes materiais irão integrar os sensores que serão usados para a deteção de pesticidas em tempo-real.
O dispositivo final irá ter uma elevada especificidade para a deteção do seu alvo. Quando os materiais que integram o sensor entrarem em contacto com o pesticida, a sua fluorescência irá permitir identificar a sua presença.
A ideia é que estes materiais tenham limites de deteção bastante reduzidos para identificar o pesticida com maior precisão. Espera-se também que os sensores possam ter uma vida útil alargada para que estes possam ser reutilizados.
“Assim teremos uma tecnologia seletiva, portátil, e de fácil manuseamento permitindo em tempo real a análise de pesticidas em amostras de azeite”, reforça.
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