Resultados preliminares demonstram que os protocolos de limpeza e higienização em vigor nos serviços hospitalares são eficazes na remoção do vírus SARS-COV-2 das superfícies.
Gil Correia, médico de família e investigador no Instituto de Microbiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), está a desenvolver um projeto com o objetivo de avaliar e monitorizar a contaminação por SARS-COV-2 em ambiente hospitalar com doentes COVID-19.
Com início em Março de 2020, esta iniciativa pretende avaliar qual o risco de transmissão por COVID-19 em superfícies mas também no ar, de forma a perceber se os sistemas de ventilação contribuem ou não para a propagação do vírus responsável por esta doença.
“O que vimos até agora em termos de resultados preliminares é que de facto as medidas implementadas, sobretudo durante a segunda fase da pandemia, têm sido muito boas. Isto acaba por tornar difícil detetar a contaminação, mas o objetivo do projeto é garantir que as medidas que são tomadas, quer da limpeza de superfícies e da higienização dos contactos, quer com o ar e com a proximidade entre os doentes, são mantidas de forma a garantir a segurança de todos aqueles que vão ao serviço nacional de saúde”, revela.
Este projeto tem como estudo de caso o serviço de nefrologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, mais concretamente com doentes em diálise. As observações realizadas neste serviço demonstraram que a limpeza que é feita da sala, quer antes, quer depois da mesma ser usada, reduz para zero o risco de contaminação.
Gil Correia pretende continuar a recolher amostras de diferentes superfícies de contacto com o intuito de realizar uma análise fidedigna à eficácia dos atuais protocolos de limpeza e higienização.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate