Este hidrogel solidifica em pouco tempo e pode ser removido sem que o paciente tenha que lavar o cabelo.
Carlos Fonseca, docente no Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e investigador do Laboratório Associado de Engenharia, Transportes e Aeronáutica (LAETA), desenvolveu um hidrogel para ser usado em exames de eletroencefalografia, com maior condutividade e fácil de ser removido do cabelo dos pacientes.
Este hidrogel é um líquido com um polímero que tem uma viscosidade semelhante aos géis que são usados em electroencefalografia, que permite que os médicos possam usar exatamente o mesmo sistema para aplicação.
Os géis tradicionais demoram algum tempo a solidificar e têm uma tendência para resvalar e criar curto-circuitos nos elétrodos, reduzindo a qualidade da eletroencefalografia. Estes géis têm ainda a desvantagem de serem muito viscosos e de se colarem ao cabelo do paciente, o que é algo desconfortável.
Este hidrogel solidifica entre cinco a dez minutos após a sua aplicação e fica confinado no espaço onde é aplicado, impedindo-o de resvalar e de afetar os eléctrodos presentes na toca usada para realizar o eletroencefalograma.
Enquanto os géis tradicionais secam ao fim de duas a três horas, dependendo das condições de humidade, este gel pode ser usado até oito horas após a aplicação.
“A principal vantagem é que quando nós retiramos a toca, ou seja, quando retiramos o dispositivo de registo, ficam apenas uns pontinhos correspondentes ao sítio onde foi aplicado o gel e portanto é muito fácil retirá-lo com um pente, e a pessoa não tem que lavar a cabeça”, reforça.
Para Carlos Fonseca, a facilidade de remoção do hidrogel é uma das principais vantagens desta tecnologia.
Esta tecnologia já foi testada com sucesso e está atualmente à procura de um parceiro industrial para a fazer chegar ao mercado.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | FEUP