Este penso tem ainda propriedades antimicrobianas e antifúngicas.
Andrea Zille, investigador auxiliar no Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil (2C2T) da Universidade do Minho (UM), está a desenvolver um penso com propriedades que permitem monitorizar como uma ferida infetada evolui ao longo do tempo.
O desenvolvimento deste penso começou com a descoberta de umas moléculas que pertencem a uma família química chamada de pirimidinas pelo Centro de Química da Universidade do Minho.
Estas moléculas possuem um efeito antimicrobiano e antifúngico e têm a particularidade de mudar de cor consoante o pH do meio em que se encontram.
Esta propriedade permitiu desenhar um penso que quando em contacto com uma infeção na pele muda de cor. A mudança de cor permite alertar imediatamente os médicos, ou os enfermeiros, que há uma infeção em curso.
Isto acontece porque quando a pele é saudável ela tem um pH ligeiramente ácido, no entanto quando há uma infeção bacteriana em curso, na maioria das vezes, o pH da pele na ferida passa de ácido para ligeiramente básico.
“Nós decidimos então desfrutar desta propriedade fisiológica para criar um penso que não só tem um efeito antimicrobiano mas que também alerta se há uma infeção em curso ou em desenvolvimento”, reforça.
Esta propriedade pode também ser usada em sentido inverso, permitindo que os clínicos percebam se a infecção está ou não a regredir, mudando de cor de um pH básico para um pH ácido, o que sugere que a pele esteja saudável.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar
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