Este projeto pretende identificar vulnerabilidades de segurança numa fase inicial de produção de forma a melhor proteger os dispositivos de eventuais ataques.
Bernardo Sequeiros, aluno de doutoramento da Universidade da Beira Interior (UBI) e investigador no Instituto de Telecomunicações (IT) e no Centro de Competências em Cloud Computing (C4), está a desenvolver o projeto SECUREIoTESIGN, uma iniciativa que tem como objetivo proteger os novos sistemas que estão a ser desenvolvidos para a internet das coisas de eventuais vulnerabilidades de segurança.
As novas redes 5G estão a promover um aumento da cobertura, da velocidade, e do acesso à internet. Estas redes permitem interligar diferentes objectos num sistema que é conhecido por internet das coisas.
Como cada vez mais objetos vão estar ligados à internet, desde de um frigorífico a uma simples mesa, maiores serão as oportunidades para estes serem alvos de ataques de segurança.
A ubiquidade e a heterogeneidade destes sistemas geram uma elevada quantidade de vulnerabilidades que terão de ser protegidas no futuro imediato.
O SECUREIoTESIGN pretende ajudar quem está a desenvolver este tipo de sistemas a identificar estas vulnerabilidades desde o início da fase de design e de desenvolvimento com todos os aspectos de segurança em mente.
A ideia é garantir que a segurança de construção deste sistema é pensada desde o início e não é deixada para o fim. Ao pensar a segurança do sistema desde a sua fase embrionária será possível não só reduzir o número de vulnerabilidades como também minimizar os custos de procurar alternativas para as debelar após o sistema já estar construído.
Sempre com o objetivo de melhorar o máximo possível a confiança destes sistemas de forma a garantir a segurança dos utilizadores, dos seus dados, e a sua privacidade.
A equipa de Bernardo Sequeiros está a desenhar um conjunto de ferramentas que se interligam através de um agente, o SAM – Security Advisory Module, que irá ajudar empresas e pessoas que pretendam desenvolver dispositivos para a internet das coisas.
“Imaginemos que pretendes desenvolver um dispositivo, um sistema para a internet das coisas. O SAM vai fazer um conjunto de perguntas, o mais simples possíveis, de forma a perceber que tipo de sistema estás a desenvolver, e a partir daí vai dar informação de que cuidados deves ter em conta”, explica.
Neste momento esta plataforma já se encontra online e com vários módulos em funcionamento. Estão ainda a ser finalizados mais alguns módulos, no entanto, Bernardo Sequeiros está confiante que a plataforma estará finalizada até Janeiro de 2022.
Saiba mais sobre o investigador em: twitter | Linkedin | Researchgate | IT
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