Esta técnica permite ver o interior da uva antes de esta ser colhida e determinar o seu nível de açúcar.
Pedro Melo Pinto, professor no Departamento de Engenharias da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e investigador no CITAB – Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas, está a usar uma técnica de imagiologia hiperespectral para medir a qualidade das uvas e ajudar os produtores a escolher o melhor momento para fazer a colheita.
“O mercado do vinho é um mercado altamente competitivo. Há uma grande pressão internacional para que os vinhos sejam de qualidade, de características muito distintivas e principalmente com uma grande consistência. Estas qualidades têm-se vindo a conseguir cada vez mais utilizando aquilo que é designado por viticultura de precisão, uma viticultura que é fortemente suportada por dados vindos de sensores que fazem um acompanhamento espacial e temporal da evolução das vinhas”, conta.
Pedro Melo Pinto tem vindo a testar técnicas de imagiologia hiperespectral para obter fotografias das uvas e, a partir dessas imagens e com recurso a inteligência artificial, determinar qual o grau de açúcar que a uva tem.
O grau de açúcar é um parâmetro importante na avaliação da maturação da uva por parte dos produtores. Esta informação poderá ser útil para, por exemplo, determinar qual a altura óptima para fazer a colheita.
“Se conseguirmos fazer esta análise de uma maneira simples, rápida, e de forma não intrusiva, ou seja, não destruindo a uva, os produtores têm aqui uma vantagem competitiva de poderem acompanhar de uma maneira muito expedita, e ao longo dos meses, a maturação das uvas e a evolução das suas vinhas”, reforça.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | Google Scholar | UTAD | CITAB