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Ep. 1293 Fábio Ribeiro – Comentários em sites de notícias acrescentam valor à informação divulgada, revela estudo

March 30, 2022

ep1293_interiorEste estudo analisou as caixas de comentário a notícias da secção de política de 45 sites de órgãos de comunicação social ibero-americanos.


Fábio Ribeiro, professor na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e investigador no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho (UM), dedica a sua investigação ao estudo da interatividade dos cidadãos com os media, e em particular, às caixas de comentários dos sites de órgãos de comunicação social.

Num primeiro estudo, Fábio Ribeiro analisou as condições técnicas das caixas de comentários a notícias online nos 45 sites mais visitados no espaço ibero-americano em Portugal, no Brasil, e em Espanha.

O objetivo foi perceber que condições técnicas estes sites apresentavam para comentar as notícias online. Se havia ou não moderação, e se era ou não necessário que o utilizador se registasse para comentar, seja no próprio site, ou com recurso a um perfil numa rede social.

Num segundo estudo, aplicando métodos qualitativos, o investigador procurou avaliar onde estavam os comentários de qualidade. Os resultados demonstraram haver uma relação clara entre a existência de moderação e a qualidade dos comentários.

Ou seja, os órgãos que moderavam os comentários às notícias publicadas nos seus sites apresentavam comentários com conteúdo de qualidade que acrescentava valor à notícia, alimentando o debate ou apenas permitindo que o jornalista corrigisse eventuais erros.

“Também percebi que em notícias do âmbito político nós não temos assim tanta agressividade e animosidade nos comentários, como seria de esperar”, revela.

De um modo geral, a maioria dos comentários é relevante para a discussão e, apenas 15% dos comentários analisados apresentavam erros gramaticais significativos.

“Este estudo levanta algumas questões, como por exemplo, até que ponto é que os comentários às notícias são assim tão negativos, será que dependem da área onde são inseridos, e qual é o papel do cidadão que quer intervir e que quer opinar sobre a realidade”, acrescenta.

Saiba mais sobre o investigador em: twitter | Researchgate | Google Scholar | CECS

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