Este projeto está a desenvolver uma solução para que os automóveis autónomos não percam a ligação à rede sempre que tenham que atravessar uma fronteira entre dois países.
Emanuel Sousa, coordenador do grupo de I&D Human-Technology Interaction and Robotics do CCG – Centro de Computação Gráfica e investigador no Centro Algoritmi da Universidade do Minho (UM), participa no projeto 5GMobix, uma iniciativa que tem como objetivo desenvolver soluções de rede 5G para automóveis autónomos em contextos fronteiriços.
O 5GMobix está a estudar casos de utilização de tecnologia de condução autónoma em contexto fronteiriço com base em tecnologia de redes 5G.
O objetivo é que esta tecnologia permita viabilizar aspectos da condução autónoma, como a percepção aumentada, ou a troca de informação entre veículos, em contextos transfronteiriços.
Quando atravessamos a fronteira com o nosso telemóvel deixamos de ter acesso à nossa rede nacional e passamos a aceder a uma rede espanhola através de roaming. No entanto, esta transição não é imediata.
Se no caso do telemóvel não há problema se ficarmos sem rede durante alguns segundos, o mesmo não pode ser dito de um veículo autónomo.
Assim sendo, as fronteiras geográficas colocam alguns desafios ao uso de tecnologia de redes 5G na condução autónoma, por causa da transição de um país para o outro em termos de telecomunicações.
O 5GMobix pretende então desenvolver soluções que permitam viabilizar esta passagem e garantir que ela é feita em tempo útil sem prejudicar o veículo e os seus ocupantes.
Estas soluções vão ser testadas em estrada em contexto de fronteira em diversos corredores pela Europa, sendo que o corredor mais importante é aquele que se encontra entre Portugal e Espanha.
Nesse sentido, a tecnologia desenvolvida neste projeto vai ser testada na fronteira entre os dois países, mais concretamente na Ponte Nova de Valença, e na ponte ferroviária desta mesma cidade.
Este projeto é financiado pela União Europeia, através do Programa Horizonte 2020. O consórcio é composto por 58 parceiros de 8 países europeus e 2 asiáticos.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | CCG
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