Os organóides permitem mimetizar in vitro o desenvolvimento embrionário de determinado órgão.
Teresa Silva, investigadora no Instituto de Medicina Molecular (IMM) e no Instituto de Bioengenharia e Biociências (IBB) do Instituto Superior Técnico (IST), está a desenvolver organóides de cerebelo, versões simplificadas de órgãos in vitro, para estudar a doença Niemann-Pick do tipo C, uma doença hereditária que pode levar ao desenvolvimento de problemas neurológicos.
“Estou focada no desenvolvimento de organóides de cerebelo de forma a estudar as doenças que apresentam disfunção do cerebelo e que se traduzem na perda de coordenação motora nos doentes”, revela.
Uma destas doenças é a Niemann-Pick do tipo C, uma doença rara hereditária e bastante agressiva para a qual não existe cura. Esta doença afeta vários órgãos como o fígado e o cerebelo.
Na Niemann-Pick do tipo C o cerebelo está particularmente afetado pois há uma perda seletiva de um tipo de neurónios que é específico do cerebelo e que se traduz na perda de coordenação motora e no desequilíbrio. No entanto, existem outros sintomas que não estão associados à parte motora e que os doentes apresentam, como dificuldade em engolir e articular palavras, perda de audição, crises convulsivas e paralisia do olhar vertical.
“Há aqui uma carga muito grande não só para doente como também para toda a família que está à volta do doente. É uma doença para a qual é necessário que haja investigação ao nível do cerebelo e das alterações ao nível motor”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | IBB | IMM
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