A televisão continua a ser o meio preferencial de consumo de notícias de âmbito nacional, no entanto, redes sociais como o instagram têm hoje um papel fundamental no acesso destes estudantes à atualidade noticiosa.
João Miranda, professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e investigador no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20), realizou um inquérito que teve como objetivo traçar o perfil dos alunos de jornalismo e de ciências da comunicação em Portugal, e perceber quais as suas perspetivas de futuro profissional
“Realizámos um estudo que procurou compreender as motivações e atitudes dos estudantes de jornalismo e comunicação relativamente ao seu futuro profissional e, mais concretamente, relativamente ao seu futuro profissional no jornalismo. Neste âmbito procurámos também perceber como é que se caracterizam os hábitos de consumo de informação jornalística destes estudantes”, conta.
Com base num inquérito realizado junto de estudantes universitários de jornalismo e ciências da comunicação em Universidades e Politécnicos portugueses, João Miranda e Carlos Camponez verificaram existir uma forte presença da televisão e dos noticiários de estações televisivas de âmbito nacional no consumo de notícias por parte destes estudantes.
No entanto, o online e, em particular, as redes sociais mostraram ter um papel muito relevante no acesso à atualidade noticiosa de âmbito nacional.
Segundo o investigador, estes hábitos de consumo de informação jornalística têm também algum paralelismo no que são as perspetivas profissionais destes estudantes.
“Verificámos que a par do que são os modelos mais tradicionais de meios de comunicação, como são os canais televisivos, estações radiofónicas, jornais impressos de âmbito nacional, e os seus respetivos meios online, vemos já uma emergência de novos meios como o podcast, ou até mesmo a perspetiva de projetos editoriais criados pelos inquiridos, afirmando-se como alternativas de percurso profissional para estes estudantes”, revela.
Por seu turno é sobretudo dentro dos meios regionais que os estudantes menos se vêem a trabalhar no seu futuro profissional.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | FLUC
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