eng. mecânica,
90 seg

Ep. 453 Gustavo Paneiro – Qual o risco das vibrações provocadas pelo Homem no meio urbano?

September 19, 2018

ep453_interiorTodos já sentimentos a janela do quarto a abanar quando um camião passa pela nossa rua. As vibrações produzidas pelo tráfego rodoviário e ferroviário, pelas obras de construção, e pela azáfama habitual de uma cidade, podem trazer consequências graves para a estrutura dos edifícios, para o ambiente, e para a saúde dos habitantes.​


Gustavo Paneiro, investigador do Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA) do Instituto Superior Técnico (IST), está a desenvolver modelos de avaliação de risco derivado das vibrações em ambiente urbano.

Nas grandes cidades a circulação rodoviária, ferroviária e inclusivamente a presença de obras de construção são importantes fontes de vibração. Essas vibrações vão-se propagar pelos terrenos, em função da sua natureza geológica, e vão atingir edifícios que estão nas imediações das referidas fontes.

Estas vibrações podem dar origem ao deficiente funcionamento dos equipamentos de precisão, como por exemplo equipamentos médicos ou equipamentos a laser, e podem também causar em danos em estruturas. Estes danos podem-se traduzir no aparecimento de fissuras a nível estético ou até a nível da estabilidade estrutural dos edifícios.

Com este projeto Gustavo Paneiro pretende analisar a propagação das vibrações nos terrenos, criando modelos que possam explicar essa propagação.

“Estes modelos vão nos permitir ver os riscos associados às atividades humanas, constituindo assim uma ferramenta que se considera ser fundamental para o planeamento e a gestão inteligentes do ambiente e do ordenamento urbano”, explica.

A atividades económica que pode tirar maior benefício destes modelos é área dos seguros.

“As seguradoras podem usar estes modelos para aferição de custos no âmbito da responsabilidade civil das atividades, ou até mesmo através do conhecimento público do risco ambiental e tomada de algumas decisões em termos de projeto”, conclui.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | IST

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