Estas juntas têm a vantagem de reduzir o peso da estrutura, aumentando assim a eficiência energética do veículo.
Lucas da Silva, professor no Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e investigador no INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, coordena o projeto Mega Adhesive, uma iniciativa com o objetivo de desenvolver juntas adesivas estruturais com nanopartículas de cortiça para a indústria dos transportes.
Estas juntas adesivas funcionam como uma cola para estruturas metálicas capaz de conferir uma resistência muito elevada.
Esta tecnologia tem sido aplicada na área dos transportes porque permite resistências mais elevadas do que os métodos tradicionais de ligação.
Com este projeto a equipa de Lucas da Silva pretende melhorar a distribuição do esforço no adesivo ao longo da área colada. Para tal está a ser usadas nanopartículas de cortiça que permitem flexibilizar o adesivo e aumentar a sua capacidade de absorver energia ao longo da junta.
A ideia é que esta absorção de energia ocorra de modo graduado ao longo do comprimento da sobreposição da junta para que as forças aplicadas não se concentrem num único local, evitando assim o desgaste desta ligação e garantindo uma maior durabilidade.
Com isto será possível ter uma transferência de carga mais uniforme e uma maior resistência da junta. Isto traduzir-se-á numa estrutura global mais leva, seja ela um automóvel, um comboio, ou um avião, permitindo assim percorrer mais quilómetros e aumentar a eficiência energética do veículo.
Esta tecnologia será útil, por exemplo, para o desenvolvimento de automóveis elétricos mais eficientes e com maior autonomia.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | FEUP
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