Esta investigação analisou o comportamento e o desempenho escolar de alunos e comparou-o com o seu nível de planeamento vocacional.
Maria do Céu Taveira, docente e investigadora na Escola de Psicologia da Universidade do Minho (UM), desenvolveu um projeto as questões da carreira na infância e a sua relação com a aprendizagem, com os comportamentos na sala de aula e na escola.
“Na nossa investigação temos verificado, por exemplo, que os alunos que registam maior planeamento vocacional são também aqueles que têm melhor rendimento académico, que curiosamente os professores registam como sendo os alunos com melhor comportamento na sala de aula e na escola, e com menos problemas de aprendizagem”, revela.
Ao mesmo tempo, de acordo com o estudo, é entre os alunos que registam menor planeamento vocacional que estão também os alunos com mais dificuldades de aprendizagem, pior rendimento e mais problemas de comportamento.
“Isto provavelmente acontece porque à medida que as crianças aprendem, se relacionam e vivem na escola vão desenvolvendo uma sensibilização e compreensão à cerca das formas e significados do trabalho e da sua própria personalidade como trabalhadores, ou neste caso, como estudantes”, acrescenta.
A partir destas definições os estudantes desenvolvem uma orientação para o futuro. Maria do Céu Taveira crê que aqueles que têm mais planeamento têm estas competências mais desenvolvidas, e sugere que as escolas desenvolvam intervenções de desenvolvimento vocacional.
“Com base neste tipo de investigação temos vindo a concluir que é importante desenvolver intervenções por exemplo em sede escolar que vão aliando, vão relacionando e vão trabalhando de forma interdependente, as questões da carreira, do desenvolvimento vocacional com as questões da aprendizagem e do sucesso educativo”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | Google Scholar | EPSI
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