Esta solução poderá ser usada para armazenar o excesso de produção das energias renováveis.
Ricardo Pereira, investigador no Departamento de Ciências da Terra e coordenador do Grupo de Bacias Sedimentares e Paleontologia do GeoBioTec na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCT), está a estudar o armazenamento de ar comprimido em rochas na subsuperfície como alternativa para o armazenamento de energia renovável.
Num mundo em transição energética, em que a produção a partir das fontes renováveis está em crescimento, como a solar e a eólica, o armazenamento de energia em larga escala é uma das grandes questões que tem de ser resolvida se queremos contribuir para minimizar os problemas de dependência e de pobreza energética.
Neste sentido, a equipa de Ricardo Pereira está a estudar o armazenamento de energia com ar comprimido em rochas na subsuperfície, como arenitos ou cavernas de sal, como uma solução verde e sustentável para o armazenamento de energia.
Como é que isto funciona? O ar é comprimido ou injetado em alta pressão em reservatórios e em rochas em grande profundidade. Essa energia é armazenada como energia mecânica e depois libertada de forma controlada para produção em períodos em que haja necessidade de consumo.
Neste momento, esta linha de investigação procura entender como essas rochas sedimentares podem-se constituir como reservatórios viáveis.
“Tentamos entender quais os processos geológicos e termodinâmicos que controlam esse armazenamento com o objetivo de contribuir para a gestão da rede elétrica e para ajudar a prevenir situações como o apagão que deixou Portugal e Espanha completamente às escuras”, reforça.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Google Scholar | NOVA FCT
