Está também a ser avaliado o nível nutricional de onze espécies de pescado.
Inês Martins, investigadora no Okeanos – Instituto de Investigação em Ciências do Mar da Universidade dos Açores (UAC), está a desenvolver o projeto MoniPOL com o objetivo de monitorizar a presença de poluentes no pescado comercial dos Açores.
Este projeto surgiu da necessidade de ter dados científicos sobre a quantidade de contaminantes que as espécies de pescado comerciais podem acumular nos seus tecidos e passar da cadeia alimentar para os consumidores, mas também da necessidade de valorizar o pescado dos Açores através da análise do seu valor nutricional.
Os resultados demonstraram que as espécies de pescado recolhidas têm muito poucos poluentes acumulados e que as suas concentrações não ultrapassam os limites de segurança.
Os poluentes encontrados são essencialmente metais pesados como o mercúrio, o cádmio, e o chumbo, e devem-se ao facto dos Açores serem ilhas vulcânicas que produzem estes metais de forma natural.
Não foram encontrados contaminantes associados a atividades humanas já que o mar dos Açores não é uma região poluída industrialmente.
No final de 2023 foi publicado um relatório com os dados recolhidos sobre a concentração de contaminantes em 11 espécies de pescado e sobre a sua qualidade nutricional.
No início deste ano foi também produzido um folheto que será distribuído pelos consumidores, mas também nas peixarias e nos mercados, com o objetivo de divulgar os resultados do projeto.
O Plano de Monitorização Regional de Contaminantes em Organismos Marinhos para Consumo Humano (MoniPOL) é financiado pelo Governo Regional dos Açores.
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