Estão a ser desenvolvidas ferramentas de modulação ecológica para prever como serão transportados os sedimentos produzidos por esta mineração.
Miguel Santos, docente no Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e investigador no CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, participa no projeto DEEPRISK com o objetivo de estudar os impactos da mineração nos ecossistemas do mar profundo.
A principal preocupação desta equipa é prever o comportamento dos sedimentos que vão ser produzidos através da mineração e que impactos estes poderão ter nos ecossistemas do mar profundo. Para tal estão a ser desenvolvidos modelos matemáticos ecológicos com base nas fontes hidrotermais que ocorrem na região dos Açores.
Em paralelo, estão a ser realizados ensaios laboratoriais na Universidade do Porto e na Universidade dos Açores para testar os efeitos da mineração em organismos selecionados do mar profundo.
Em concreto, estão a ser usadas câmaras hiperbáricas que simulam as condições do oceano profundo quer a nível de pressão, como de temperatura.
A informação obtida a partir destes ensaios irá ajudar os decisores políticos a avaliar o impacto que os sedimentos gerados pela mineração poderão ter nos organismos do mar profundo.
O projeto DEEPRISK – Deep-sea mining and climate change: new modeling tools in support of Environmental risk management é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre o investigador em: FCUP | CIIMAR