Esta investigação está a estudar a possibilidade de usar drones multirotores para capturar e aterrar de forma segura drones do tipo avião.
Bruno Guerreiro, professor auxiliar na Nova School of Science and Technology (FCT NOVA) e investigador no Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) e no Centro de Tecnologias e Sistemas UNINOVA, participa no projeto CAPTURE com o intuito de desenvolver um método colaborativo entre drones de diferentes tipologias para alargar o seu raio de alcance assim como as suas possíveis aplicações.
O Projeto CAPTURE pretende desenvolver técnicas de controlo e planeamento para drones multirotor de asa fixa, que voam como helicópteros, de forma a lançar ou capturar drones do tipo avião que são mais eficientes mas que não conseguem aterrar ou levantar voo em ambientes confinados.
Esta técnica pode ser usada em diversas aplicações, desde a entrega de encomendas em ambientes urbanos, à avaliação ambiental da costa e da floresta em regiões sem acesso a pistas de aterragem, até à mobilidade urbana e ao transporte de passageiros.
Este método permite ter um drone de longo alcance do tipo avião que quando precisa de aterrar, por exemplo, no meio de uma cidade entre vários edifícios, possa ter um drone de asa fixa que voa como um helicóptero que o ajuda a aterrar nessa localização, capturando-o em pleno voo e fazendo-o aterrar de forma segura.
Isto permite aumentar o alcance e o tempo de voo do drone. Hoje em dia existem drones híbridos que permitem levantar voo e aterrar como um helicóptero e voar como um avião. No entanto estes drones têm uma menor área de alcance que os drones do tipo avião.
“As principais dificuldades de desenvolvimento desta técnica são do foro tecnológico e do foro científico. Do ponto de vista tecnológico tem a ver com os sensores e com a atuação que é possível fazer com um grau de exatidão suficiente para que os drones consigam colidir de forma controlada e agarrarem-se um ao outro. Do ponto de vista científico tem a ver com as técnicas de planeamento, controlo e estimação que nos permitem conseguir fazer isto de forma segura sem perigo para os veículos, para os bens materiais, ou até mesmo para os passageiros”, explica
Bruno Guerreiro acredita que esta tecnologia possa um dia ser usada no transporte de passageiros em meio urbano.
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