O parasita anisakis pode ser encontrado em peixe cru e mal cozinhado. Se for ingerido este parasita causa uma doença grave em humanos conhecida por anisaquíase.
Maria João Santos, professora na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e coordenadora do Laboratório de Patologia Animal do CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, está a desenvolver o projeto Segurança Alimentar do Pescado Cru e Mal Cozinhado com o objetivo de proteger o consumidor do parasita anisakis, que pode causar uma doença grave em humanos.
Esta doença é conhecida por anisaquíase, uma infeção causada por larvas do parasita anisakis, e tem como sintomas náusea, vómitos, cólicas abdominais e pode levar à origem de úlceras no estômago.
O parasita anisakis é uma espécie de verme muito pequeno e difícil de perceber a olho nu que pode ser encontrado em várias espécies de peixe. Este verme é facilmente eliminado em peixe congelado ou cozinhado a altas temperaturas.
Em Portugal não temos o hábito de comer peixe cru, contudo, com o crescimento da popularidade de restaurantes asiáticos que incluem pratos à base de peixe cru como o sushi e o sashimi, existe uma crescente preocupação de que este parasita possa um dia vir a ser um problema.
Este projeto pretende assim conhecer qual o nível de conhecimento da população para o problema do anisakis e, em segundo lugar, analisar várias espécies de peixe de maneira a perceber quais são as espécies de peixe mais limpas de parasitas, e em particular do parasita anisakis, visto ser o mais perigoso para a saúde humana.
Maria João Santos espera que este estudo permita identificar quais as espécies mais seguras para consumo e promover o seu uso nestes restaurantes.
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