A tridimensionalidade confere a estes modelos celulares propriedades mais próximas das que seriam encontradas num órgão real.
Catarina Custódio, investigadora no CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro e co-fundadora da Metatissue, está a desenvolver modelos celulares tridimensionais de tecidos humanos. Estes modelos poderão ser usados para o estudo de doenças e para o desenvolvimento de novos fármacos.
“Aquilo que está neste momento a ser desenvolvido pelo Metatissue são materiais à base de proteínas de origem humana que serão usados em plataformas para aplicações biomédicas. Nestas plataformas são cultivadas células in vitro usando estas proteínas de origem humana”, conta.
O objetivo é que estas células sejam inseridas num ambiente muito semelhante ao que elas encontrariam dentro do nosso corpo, replicando a tridimensionalidade, as informações bioquímicas, e todo o contexto biomecânico que elas teriam dentro do nosso organismo.
Outra vantagem destas plataformas em relação aos modelos in vitro convencionais, é que elas usam células humanas em vez de células de origem animal ou de origem sintética
“Nos modelos convencionais a resposta celular nem sempre é a mais fidedigna, ou a mais realista em relação àquilo que depois vai ser a resposta clínica. Especialmente quando estamos a falar, por exemplo, da descoberta de novos fármacos ou da validação de fármacos in vitro antes de avançar para ensaios clínicos”, alerta.
Utilizando estas plataformas, Catarina Custódio pretende dar à indústria farmacêutica e a investigadores na área de desenvolvimento de novos fármacos, modelos que permitam oferecer uma resposta mais fidedigna, e que com os quais consigam tirar resultados mais próximos daquilo que será verificado posteriormente em ensaios clínicos.
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