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Ep. 1543 Sofia Fernandes – Projeto NeuroConnect-Stim usa estimulação elétrica para corrigir padrões anormais de comunicação no cérebro

April 26, 2023

Este projeto pretende melhorar algumas das alterações que ocorrem no cérebro em doenças como a esclerose lateral amiotrófica, Parkinson, ou Alzheimer.  


Sofia Fernandes, investigadora no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) e professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), participa no projeto NeuroConnect-Stim com o objetivo de usar estimulação eléctrica para corrigir padrões anormais de comunicação no cérebro de pacientes com doenças neurológicas.

A estimulação elétrica é um método não invasivo que através da aplicação de eléctrodos sobre o cérebro pretende corrigiri padrões anormais de comunicação entre diferentes partes do cérebro com o objetivo de melhorar as alterações que ocorrem em doenças neurológicas como a esclerose lateral amiotrófica que provoca problemas de origem motora, ou em doenças do foro cognitivo como Alzheimer e Parkinson.

“Sabe-se que o cérebro tem uma conectividade entre as suas diferentes regiões e que essa conectividade costuma ser medida através de sinais elétricos usando técnicas de electroencefalografia. Ao medirmos estes sinais em indivíduos com doenças neurológicas podemos compará-los com os sinais de indivíduos saudáveis e verificar que em algumas doenças a comunicação entre as diferentes regiões do cérebro está alterada”, explica.

Atualmente sabe-se que a estimulação eléctrica pode corrigir estas falhas de comunicação de forma temporária. Nesse sentido, o projeto NeuroConnect-Stim pretende criar uma estrutura de suporte com base em modelos computacionais do cérebro a três dimensões.

Estes modelos vão ter informação desde as redes neuronais até ao mais simples neurónio com o objetivo de perceber como estes sinais eléctricos são alterados através da estimulação eléctrica.

A partir desta informação será possível desenvolver uma técnica que permita no futuro corrigir estas falhas de comunicação de uma forma mais permanente em pacientes com doenças neurológicas.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Google Scholar | IBEB

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