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Ep. 1711 Ana Sofia Soares – Investigação estuda eficácia do tratamento de efluentes de origem animal

January 29, 2024

Estes efluentes contêm microrganismos que podem ser prejudiciais para o ambiente, para os animais, e para a saúde humana.


Ana Sofia Soares, investigadora no Centro de Ciência Animal e Veterinária (CECAV) na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), está a estudar a eficácia de diferentes técnicas de tratamento de efluentes de origem animal.

Os efluentes de origem animal, nomeadamente aqueles que são resultantes de produções agro-pecuárias, representam para o ambiente uma potencial fonte de microrganismos patogénicos, mais concretamente de bactérias do género E. coli ou Salmonella.

Estes microrganismos podem sobreviver neste tipo de efluentes e, se estes não forem bem tratados, podem-se espalhar pelo meio ambiente e vir a poluir os solos e a água, ou até mesmo a causar doenças em animais ou em humanos.

A equipa de Ana Sofia Soares decidiu assim estudar a eficácia do tratamento destes efluentes, através da aplicação de três tipos de tratamento distintos, alguns que já são aplicados em Portugal e outros que estão agora a começar a ser aplicados a nível europeu e a nível mundial.

Foi testada a acidificação dos efluentes, a colocação de um carvão ativado chamado biochar, e a separação mecânica do efluente.

Na separação mecânica, o efluente que resulta da produção animal passa por um separador, onde a sua matéria sólida passa para um lado, e o seu material líquido passa para outro.

Este material sólido é aquele que as pessoas estão mais habituadas a ver, são as pilhas de estrume animal.

A fração líquida no fundo não é mais do que água com alguns resíduos deste efluente que precisa de ser tratada.

Foi então estudada a sobrevivência destes microrganismos após três meses de armazenamento destes resíduos para cada um destes tipos de tratamento, a acidificação, a colocação do carvão ativado, e a separação mecânica.

No que diz respeito à sobrevivência dos microrganismos, foi possível perceber que independentemente do tipo de tratamento aplicado, estes continuam a sobreviver ao fim dos três meses de armazenamento.

Nenhum destes tratamentos mostrou-se assim eficaz para eliminar por completo a presença destes microrganismos.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CITAB

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