A sépsis é uma resposta extrema do sistema imunitário a uma infeção grave, que pode levar à falência dos órgãos e até à morte.
Liliana Oliveira, investigadora no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, estuda proteína que poderá ter um papel relevante no tratamento da sépsis.
“No nosso grupo, nós descobrimos recentemente que existe uma proteína, que se chama CD5L, que tem um efeito antimicrobiano e anti-inflamatório, portanto, ela tem estas duas ações, que consideramos que são absolutamente relevantes para tratar a sepsis”, conta.
Para tal, estão a ser usados modelos animais para avaliar o potencial terapêutico desta proteína.
Estes modelos já tiveram resultados muito promissores. No entanto, uma das razões pela qual não existe ainda nenhuma terapia específica para a sépsis, deve-se facto dos modelos escolhidos a nível da investigação nem sempre serem aqueles que refletem melhor o contexto clínico da doença em si.
Nesse sentido, a equipa de Liliana Oliveira está a transpor esse contexto para a sua investigação, colocando esses modelos em prática para testar se esta proteína é capaz de ter algum efeito terapêutico em modelos mais próximos do contexto clínico dos pacientes.
Em paralelo, estão também a ser desenvolvidas abordagens a nível industrial que visam alterar um pouco esta proteína para que ela possa ser produzida de uma forma mais fácil e numa escala maior.
“Juntando estes dois melhoramentos esperamos conseguir encontrar uma terapia ideal para a sépsis”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | i3S