Esta vacina é não invasiva e pode ser administrada a partir da ração.
Cláudia Serra, investigadora no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e docente na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), está a coordenar o projeto ProbioVaccine, uma iniciativa que visa desenvolver uma vacina oral para peixes em aquacultura.
A ocorrência de doenças infecciosas provocadas quer por bactérias ou vírus é uma problemática da produção de peixes em aquacultura, e para qual ainda não existem no mercado soluções eficazes que permitam aos aquacultores combater a ocorrência destas doenças.
Nesse sentido, o projeto ProbioVaccine assenta numa tecnologia que permite formular vacinas orais para peixes. Para tal, são usados esporos de Bacillus subtilis, uma bactéria benéfica e que ocorre de forma natural no microbioma dos peixes.
As vacinas são depois incorporadas no interior destes esporos e distribuídas junto da alimentação do animal.
Como o esporo é uma estrutura muito resistente, ele consegue resistir aos processos associados à manufatura do alimento, como a exposição a temperaturas e pressões elevadas.
Os esporos conseguem também resistir à passagem pelo trato gastrointestinal do peixe, evitando que a vacina seja destruída antes de ser absorvida pelo animal.
Com esta tecnologia, Cláudia Serra espera construir uma alternativa não invasiva e sustentável para a administração de vacinas a peixes em aquacultura.
O projeto ProbioVaccine – Probióticos como novas plataformas de vacinas orais para aquacultura é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
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