Este estudo usa testes serológicos e coortes populacionais para avaliar a prevalência da COVID-19 na cidade do Porto.
Joana Pinto da Costa, estudante de doutoramento em saúde pública no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), está a estudar a epidemiologia da COVID-19 na cidade do Porto.
Numa primeira fase foram usados testes serológicos para avaliar a prevalência da infeção pelo vírus SARS-COV-2 nas populações da cidade do Porto.
“Uma vez que no início da pandemia o acesso aos testes era muito limitado, nós não sabíamos a verdadeira extensão da infeção. Os testes serológicos permitiram-nos saber quem é que já esteve infetado e conhecer melhor qual é que seria a extensão da doença”, explica.
Os dados preliminares mostraram que apenas uma em cada oito pessoas com evidência serológica de infecção tinha sido diagnosticada para a COVID-19.
Estes dados demonstraram também que pessoas com menos escolaridade e com trabalhos menos diferenciados apresentavam um maior risco de infeção ao longo da pandemia.
Foram ainda avaliados doentes com COVID-19 longa para perceber qual seria a frequência e a distribuição desta condição.
A COVID-19 longa é caracterizada pela persistência de sintomas meses após a infeção.
“Percebemos que cerca de um terço destes pacientes tinham esta condição e que esta era mais frequente entre mulheres e pessoas com comorbilidades que necessitaram de ser internadas numa fase inicial e que percebiam os seus rendimentos como insuficientes”, revela.
Saiba mais sobre a investigadora em: ISPUP