Estes biomateriais podem ser usados em intervenções pouco invasivas e têm propriedades que os tornam reversíveis.
Helena Azevedo, líder do Grupo de Biomateriais Moleculares no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, está a desenvolver biomateriais supramoleculares, inteligentes e reversíveis, que podem ser usados no tratamento de feridas.
Ao contrário dos biomateriais convencionais, que são geralmente fabricados através de ligações covalentes, os biomateriais supramoleculares usam outro tipo de interações, nomeadamente interações eletrostáticas, pontes de hidrogénio, ou interações hidrofóbicas, que permitem fabricar esses biomateriais de uma forma espontânea.
Isto permite, por exemplo, desenhar biomateriais inteligentes capazes de responder a determinados estímulos.
Estas ligações têm ainda a vantagem de serem reversíveis.
Os biomateriais supramoleculares têm assim a capacidade de serem injetados e implementados no corpo humano de forma pouco invasiva.
Por exemplo, podem ser usados para corrigir um defeito de cartilagem através de uma injeção e sem que para tal seja necessária uma cirurgia.
O que para além de ser menos invasivo, também promove uma melhor e mais rápida recuperação do paciente.
Por outro lado, estes biomateriais também podem ser usados para o tratamento de feridas.
“Se desenharmos esses biomateriais com propriedades bioativas, podemos também promover a regeneração do tecido e a sua cicatrização”, revela.
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